QUAL A CIVILIZAÇÃO DO FUTURO QUE QUEREMOS?

Em busca da nova civilização

Palestra da COGEP em Itaparica mostra caminhos que trazem o futuro para o presente

Por Ézio Garcia

Fernando Leça Nascimento
Coordenador da COGEP – Coordenação Geral de Ética e Política da SBE.

A 20ª Convenção Internacional da Sociedade Brasileira de Eubiose na Ilha de Itaparica-BA, realizada entre os dias 13 e 17 de setembro naquela localidade, teve em sua programação a palestra proferida pelo Coordenador da COGEP – Coordenação Geral de Ética e Política da SBE, Fernando Leça Nascimento, abordando o tema “Qual a civilização do futuro que queremos?”.

A exposição partiu de princípios eubióticos estabelecidos, dentro da tonica Dhyanica da Ética e da Política, da qual se ocupa a COGEP, para construir a civilização do futuro que todos queremos ver implantada no mundo a partir do Brasil, como Pátria do Avatara.

SINARQUIA

Apontada pela nossa escola iniciática como o sistema político do futuro, a Sinarquia – governo dos Deuses na face da terra, se coloca no presente momento da evolução humana num futuro longíquo, tão longíquo como está o estado de consciência Agarthino necessário para a sua implantação, conforme palavras inesquecíveis do saudoso Hélio Jefferson de Souza.

A partir desta constatação,  o palestrante desenhou o caminho para se chegar a este estado de consciência coletivo – a Nova Civilização, a partir de três abordagens distintas e complementares entre si: a união das pessoas, a união das nações e a união do conhecimento.

UNIÃO DAS PESSOAS

Neste eixo,  Fernando expõe conceitos, alguns já conhecidos e divulgados pela grande mídia, mas ainda não suficientemente implantados pelos atores da vida social das comunidades.

São eles:

1. Cooperação simbiótica, que implica num novo modelo de relações humanas, com a eliminação da concorrência;

2. O Estado Democrático de Direito, conceito ainda abstrato para muitos, necessidade de um mínimo que seja de democracia nas relações sociais e pessoais;

3. Igualdade de oportunidades, que garanta condições básicas para que todos possam partir do mesmo ponto;

4. Educação, a garantia de que a Educação seja para todos e de alto nível, necessidade óbvia num País em que o índice de analfabetismo funcional (pessoas que não sabem interpretar texto por exemplo) chega a 60%.

UNIÃO DAS NAÇÕES

Aqui, o palestrante aponta a máxima do Mestre JHS: “Um só idioma, um só padrão monetário, uma só Frente Única Espiritualista”. Utopia?, pergunta o expositor, para lembrar em seguida que a ideia do avião também era uma utopia nos primeiros ensaios de Santos Dumont, e que a assim chamada  globalização é um movimento neste sentido.

Fernando elenca alguns conceitos para visualizarmos esta União das Nações.  O primeiro  é o pensamento plural, que serve tanto para as Nações quanto para o ser humano: a capacidade de aceitar pensamentos e ideologias diferentes das suas.

O segundo é o da multiralidade, um conceito novo que expressa o oposto da unilateridade, funcão de que se ocupa organismos como a ONU – Organização das Nações Unidas, entidade de que já se serviu o Professor Henrique José de Souza, quando enviou carta ao orgão alertando sobre os perigos das experiências atômicas.

Leça citou como exemplo uma recente ação da ONU envolvendo 193 países – comunistas e capitalistas, visando uma agenda comum para até 2030, em torno dos objetivos do desenvolvimento sustentável, sugerindo inclusive que a SBE fosse signatária da ação, o que, segundo ele, é possível dentro dos mecanismos de participação previstos.

UNIÃO DO CONHECIMENTO

Para exemplificar o que seria a união do conhecimento e a sua importância para a construção da nova civilização que todos pretendemos ver nascer, Fernando Leça cita o “Conceito de Gaia”, criado em 1979 pelo cientista inglês James Lovelok, segundo o qual o Globo é um ser vivo. Na mitologia grega, Gaia é a Deusa da Terra e mãe de todos os seres vivos.

Embora sobejamente conhecido e aceito pelos espiritualistas em geral, o conceito finalmente aceito pela ciência oficial abriu caminho para que outros cientistas aprofundassem seus trabalhos e pesquisas neste sentido, chegando a formulação da “Tese da Consciência Planetária”, que para nós eubiotas, soa como a confirmação, pela ciência, da formulação teosófica da Consciência Planetária do Logus, em ação, viva, como no conceito de Gaia.

Ela está contida no oráculo das Estâncias de Dzyan, citado por Helena Petrovna Blavatsky em sua monumental obra Doutrina Secreta: “O Eterno caminha de raça em raça, de ronda em ronda, de globo em globo, de cadeia em cadeia, de sistema em sistema, acompanhando a sua própria evolução”.

CIÊNCIA E RELIGIÃO

Leça aponta a convergência da ciência oficial para os postulados esotéricos nos trabalhos de pelo menos cinco cientistas de renome mundial:

  • Domenico de Massi, sociólogo italiano recentemente falecido, que reconhece o Brasil como Nação que deve influenciar a formação da nova civilização;
  • Ludwig von Bertalanffy, biólogo austríaco, autor da Teoria Geral dos Sistemas;
  • Humberto Maturana, neurobiólogo chileno, criador da Autopoeise e da Biologia do Conhecer;
  • Edgar Morin, antropólogo, sociólogo e filósofo francês, autor do livro “Os sete saberes necessários para a Educação do mundo”;
  • Marcelo Gleiser, renomado físico brasileiro, que disse “sim, existe uma fronteira entre ciência e religião, não conflito”.

EXERCÍCIO DE DISCERNIMENTO

Para concluir, Fernando Leça acentua a importância de uma reflexão de nossa parte, enquanto eubiotas e cidadãos, sobre a postura e os projetos de líderes e de Instituições que estejam alinhados com a união das pessoas, das nações e das diferentes formas de conhecimento; como forma de exercício de discernimento que nos norteiem, intuam e nos direcionem para as ações que nos compete, neste enorme desafio de construir uma Nova Civilização.

Nossos textos representam, exclusivamente, as ideias e opiniões dos idealizadores da Poliética.

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