TERIA O IMPERADOR FO HI PREVISTO O FOTÓN A QUASE CINCO MIL ANOS?
Por Mauro Leslie
O conceito e natureza do fóton pode ter sido estudado pelo imperador Fo Hi, que segundo a filosofia confuciana seu reinado foi de 2.852 a 2.737 a.C. Está claro que a imagem do fóton acima se trata do mesmo símbolo por eles criados, o Yin Yang que teria surgido a partir do seu livro intitulado I-Ching. Outras correntes afirmam que este conceito faz parte de uma série de correntes filosóficas e espirituais que surgiram na China entre os anos 770 e 221 a.C.
De qualquer forma podemos cogitar que onde eles chegaram naquela época, somente hoje uma equipe de cientistas da Universidade de Ottawa, no Canadá, em colaboração com especialistas da Universidade Sapienza de Roma, na Itália, conseguiram registrar.
Não há nada de novo debaixo do sol. A arrogância e cegueira das civilizações atuais, na maioria das vezes, não deixam o imenso saber dos milhares de povos que nos antecederam contribuírem com as ciências, religiões e filosofias de hoje. Alguns cientistas, filósofos e pensadores já afirmaram que a ciência atual nada mais faz do que redescobrir, com outras ferramentas, o que humanidades anteriores já sabiam. Citaremos alguns casos no decorrer desta matéria.
Não tenham dúvidas, os estudos sobre os fótons e a tomografia quântica vai chegar as mesmas certezas do que tratou o livro I Ching, taoísmo, os Upanishads, Vedas, Hermés, brâmanes e mais de centenas de escolas filosóficas do oriente. A diferença está nos “olhos de se ver”. Hoje, a ciência procura ver com os olhos da razão (e não há problema nenhum nisso), o que os antigos já viram com os olhos da mente e do coração.
No decorrer desta matéria vamos fazer um paralelo entre o conceito e as energias que regem o Yin-Yang versus fóton, que são uma só e mesma coisa. O que estamos assistindo é a ciência contemporânea chegar aonde nossos antecessores já foram e conheceram a fundo.
Se os cientistas atuais estudassem a sabedoria oriental, poderiam encurtar — e em muito — os caminhos das descobertas. A diferença da sabedoria antiga para a sabedoria atual está no fato de que as civilizações anteriores descobriam essas coisas e aplicavam para a iluminação e praticidade da mente e alma, ou seja, autoconhecimento e autoaperfeiçoamento. Já a civilização atual busca o mesmo conhecimento, com o fim de seu domínio, para realizar progressos materiais. Não há nada de errado nisso, os campos da medicina, física, tecnologias e bem viver são necessários à felicidade humana. O ideal seria o entrelaçamento dos valores do bem-estar material e espiritual. O aprimoramento humano e não somente o do meio ambiente.
O Entrelaçamento Quântico dos Fótons
Estamos falando de nova técnica que permite a visualização em tempo real da função de onda de dois fótons entrelaçados, as partículas elementares que constituem a luz.
Ao registrar eventos com resolução de nanossegundos em cada pixel, essa técnica é capaz de capturar a chegada simultânea de dois fótons, resultando em um padrão de interferência que pode ser usado para reconstruir a função de onda desconhecida.
Os resultados desta pesquisa têm um impacto significativo, não apenas na comunidade acadêmica, mas também no avanço da tecnologia quântica. Eles têm o potencial de aprimorar a caracterização do estado quântico, a comunicação quântica e o desenvolvimento de novas técnicas de imagens quânticas.
O estudo, intitulado ‘Imagem interferométrica da amplitude e fase de estados bifold espaciais’, foi publicado na revista Nature Photonics em 14 de agosto de 2023.
Incrivelmente, a imagem capturada de dois fótons entrelaçados surge em forma de Yin-Yang quântico. Não só remete, é idêntico ao símbolo do par de forças Yin-Yang que representam a dualidade de tudo que existe no universo. Yin-Yang é uma lei natural ensinada pela cultura chinesa e que se desenvolveu ao longo de milhares de anos. Essa filosofia, para alguns ciência, é a representação do positivo e do negativo, sendo o princípio da dualidade, onde o positivo não vive sem o negativo e vice-versa. O criador desse conceito, que teve suas bases no Imperador Fo Hi, autor do livro I-Ching, a quem também se atribui a criação da escrita, e que teria dado a base do conhecimento chinês em todos os campos, como as leis universais, da Natureza, leis sociais e a medicina tradicional chinesa, como a acupuntura.
Yin-Yang – diz que o universo é governado por uma dualidade cósmica, conjuntos de dois princípios complementares ou energias cósmicas que podem ser observados na Natureza. Notaram alguma semelhança com o entrelaçamento quântico das partículas da luz?
Sobre o Fóton
São as menores partículas que compõem a luz. Todos as luzes existentes, seja do sol, de uma lâmpada, do fogo ou de um raio, são compostas de fótons, sua partícula elementar. Todos os dias somos tocados por incontáveis partículas dessas. Talvez sejam as partículas em maior quantidade no cosmos. Os fótons são os ativadores do sentido da visão, por exemplo. Segundo os orientais, são os portadores de “Prana”, a energia vital que anima a vida dos átomos, terra, água, fogo, ar, plantas, gentes e estrelas. Fótons não tem massa, mas, curiosamente, tem energia. Ele é uma força. O fóton é a partícula mais veloz do cosmos, sua velocidade é de aproximadamente c= 300.000 km/s.
Essas propriedades surgem da Teoria da Relatividade de Einstein. A velocidade da luz é a velocidade-limite do universo. Não há, na Natureza, nada que ultrapasse essa velocidade.
Pelo menos em nosso plano tridimensional, o fóton detém o recorde universal de velocidade.
Onde eles moram? Estão distribuídos ao longo de todo o universo. Sua presença é homogênea. São encontrados em igual número na cidade de Iporá- Goiás, de onde escrevo este texto, bem como na galáxia de Andrômeda ou em qualquer região imaginável no imenso corpo celeste zimbório afora.
Aplicação em Nosso Cotidiano
Portas de elevadores utilizavam células fotoelétricas para fechar automaticamente. As células fotoelétricas funcionam pelo efeito fotoelétrico. Lâmpadas que acendem, automaticamente, conforme a luminosidade. Antes das redes sociais, quando o mundo funcionava na prática, vivido no palco cênico da realidade e sentido plenamente na epiderme, costumávamos nos divertir, por exemplo, brincando com o sol. Luz é energia e os raios solares transportam energia. De modo que costumávamos pegar uma lupa ou, mais comumente, cacos de vidro, e concentrávamos a luz solar numa região pequena, fazendo espectros passarem pelo vidro, que tinha força suficiente para queimar um pedaço de papel, vez ou outra um braço ou perna do amigo.
Sabemos que a força das temperaturas quente e fria do universo são responsáveis por tabelas periódicas inteiras nas estrelas. Só para lembrar, o Yin-Yang, segundo os orientais, são as forças quente e fria que criam e transformam a tudo e a todos.
Para quem estuda o I-Ching (o livro das mutações) e conhece o Yin-Yang, verá as semelhanças entre a união quântica dos fótons e a união dos polos
Yin-Yang. Não se sinta estranho ou um traidor do cientificismo ocidental ao estudar livros como o I Ching. Ele é bastante utilizado na China como fonte de sabedoria, além de ser consultado como oráculo por filósofos, religiosos, eruditos e até mesmo psicanalistas, como é o caso de Carl G. Jung que o utilizava nas análises que realizava.
Uma das aplicações fundamentais nas observações do entrelaçamento quântico dos fótons será em algo parecido com uma consulta ao oráculo do I Ching.
Sim, você consulta um fóton e sabe exatamente o que se passa com outro fóton, mesmo que ele esteja na outra ponta da galáxia.
Não. Filósofos, religiosos, eruditos e psicanalistas, como Carl G. Jung, não estavam sendo ridículos, nem os cientistas que dizem ser possível – através da tomografia quântica – ver e antever o comportamento de fótons à distância. Os primeiros fizeram com filosofia, meditação e matemática, os cientistas de agora estão fazendo com pesquisas, matemática (sempre ela) e alta tecnologia.
“De acordo com a física quântica, o entrelaçamento é um fenômeno que faz com que um conjunto de partículas elementares compartilhe certas características, ainda que não haja nenhuma ligação física entre elas. Assim, duas partículas distintas se comportariam como uma só, mesmo estando muito distantes entre si.”
“Os pesquisadores usaram uma câmera capaz de fazer imagens com precisão de nanossegundos para registrar o experimento. O resultado foi a imagem de dois fótons entrelaçados como se fossem um símbolo de Yin-Yang.”
O conceito pode ser comparado a um par de sapatos. Quando você observa um calçado, a natureza do outro par (seja o esquerdo ou o direito) já é conhecida, independentemente de onde esse objeto esteja no universo. Por exemplo, quando você enxerga um único pé de tênis azul com detalhes, você já sabe como seria o outro, mesmo que ele esteja perdido em algum outro lugar da loja de tênis, ou no ponto mais distante do universo.
O Yin-Yang
“A filosofia chinesa nos ensina que o Yin-Yang é a representação do positivo e do negativo, sendo o princípio da dualidade, onde o positivo não vive sem o negativo e vice-versa. O criador desse conceito foi o I Ching do imperador chinês Fo Hi, ou como querem alguns, Fu Hsi, importa mesmo é a sua filosofia ter deixado para mais de cem escolas chinesas os seus fundamentos, o par de forças que representa a dualidade de tudo que existe no universo, e isso é onde está chegando a ciência hoje. As formas de energias existentes possuem dois polos e ele os identificou como Yin-Yang. O Yin representa a escuridão, o princípio passivo, feminino, frio e noturno. Já o Yang representa a luz, o princípio ativo, masculino, quente e claro. Há sete leis e doze teoremas da combinação das energias Yin e Yang. Ao final da matéria veja quais são as sete leis e os doze teoremas.
O Yin-Yang é a representação do princípio da dualidade, positivo e negativo, um não existe sem o outro. O Yin fica no lado esquerdo da esfera, representa a escuridão, a lua, a noite, o frio, o feminino e o princípio passivo. O Yang, posicionado do lado direito do círculo, representa a luz, o sol, o dia, o calor, o masculino e o princípio ativo. Este é o princípio da polaridade, cada uma delas manifesta o seu oposto dentro de si, para, então, encontrar o equilíbrio.
Ou seja, essas duas forças se complementam, compõem tudo o que existe e, de seu equilíbrio, surge movimento e mudança. Qualquer similaridade com os fótons não é mera coincidência.
O Tao da Física
O conceituado físico Fritjof Capra publicou, em 1975, o livro deste título. Na obra ele traça um paralelo entre a física moderna e o misticismo oriental. O Tao da Física foi traduzido para 23 idiomas, com mais de um milhão de exemplares vendidos em todo o mundo, e tornou-se um best-seller em vários países. Nesta obra, entre abordagens sobre a física de partículas subatômicas e sobre as bases do pensamento filosófico oriental (indiano e chinês), Capra traça um paralelo entre ambos.
Segundo o cientista, “A ciência não precisa do misticismo e o misticismo não precisa da ciência, mas o ser humano precisa de ambos.” Ele entrelaça e concilia a física teórica moderna com a sabedoria ou esoterismo oriental. Capra discutiu suas ideias com Werner Heisenberg, que disse estar bem consciente desses paralelos.
Enquanto trabalhava na teoria quântica, Heisenberg foi à Índia para dar uma palestra, a convite de Rabindranath Tagore. E teve a oportunidade de conversar bastante com Tagore sobre filosofia indiana. Segundo Capra, Heisenberg disse que essas conversas o ajudaram muito no seu trabalho em física, porque elas lhe mostraram que todas aquelas novas ideias em física quântica não eram tão loucas assim.
“Niels Bohr teve uma experiência semelhante quando foi à China”, conta Capra.
O Tao da Física e outros livros foram inspirados na mesma fonte da qual Capra desenvolveu a ideia de que o esoterismo oriental e as descobertas científicas da atualidade são parecidos, e, também, que o conhecimento oriental tem respostas para muitas das questões que desafiam a ciência atualmente.
O pensamento ocidental sempre foi marcado por uma predominância da racionalidade. A obra traça uma evolução cronológica da física, mostrando como o mundo era visto de maneira estática e finita desde o pensamento aristotélico até Newton, e passa a ser compreendido, a partir do século 20, como em constante movimento e em expansão.
A Tomografia de Estados Quânticos
A aplicação da física quântica vai mudar o mundo como conhecemos hoje. A ciência começa a colocar na prática, por meio da tecnologia, os saberes que os antigos já teorizavam. É a materialização do que a humanidade há muito já viu.
Não é novidade que o mundo moderno venha comprovando o que já foram provas no mundo passado.
Em abril de 2019, pela primeira vez na história da humanidade, a foto de um buraco negro é registrada. Cem anos antes, Albert Einstein tinha previsto e desenhado o buraco negro, depois os cientistas ficaram surpresos com a semelhança das imagens.
“Ficamos surpresos com o quão bem o tamanho do anel estava de acordo com as previsões da Teoria da Relatividade Geral de Einstein”, disse o cientista do projeto EHT, Geoffrey Bower.”
Nos tempos de Fo Hi, ver, desenhar e conhecer a natureza de um fóton, tal como fizeram, também era impossível, ou quase. Estude-se o entrelaçamento do Yin-Yang com os fótons, e a ciência, estupefata, verá, não somente a verossimilhança de imagem dos corpúsculos dos fótons, mas a similaridade com todos os seus princípios, leis e conceitos.
A ciência e filosofia, e podem chamar de religião também, as mais antigas, como o taoísmo, quando andam de mãos dadas, há imensos progressos humanos em todos os setores.
Aplicações e Importância da Tomografia de Estados Quânticos
A Tomografia de Estados Quânticos tem uma ampla gama de aplicações em diferentes áreas da física e da engenharia. Além da comunicação quântica, ela é usada em partículas físicas, computação quântica, física do estado sólido e outras áreas. A precisão da tomografia de estados quânticos é essencial para medir e compreender determinados quânticos complexos e para criar tecnologias quânticas avançadas. A tecnologia quântica tem o potencial de revolucionar a computação, a comunicação e outras áreas da tecnologia.
Não se assustem quando a tomografia quântica começar a atuar na medicina, psicologia e comportamento social.
As Sete Leis
1. Todo o universo é constituído de diferentes manifestações da unidade infinita;
2. Tudo se encontra em constantes transformações;
3. Todas as contrariedades são complementares;
4. Não há duas coisas absolutamente iguais;
5. Tudo possui frente e verso;
6. A frente e o verso são, proporcionalmente, do mesmo tamanho;
7. Tudo tem um começo e um fim.
Os Teoremas
1. Yin e Yang são duas extremidades de pura expansão infinita: ambas se apresentam no momento em que a expansão atinge o ponto geométrico da separação, ou seja, quando a energia se divide em dois;
2. Yin e Yang originam-se, continuamente, da pura expansão infinita;
3. Yang tende a se afastar do centro; Yin tende a ir para o centro; e ambos produzem energia;
4. Yin atrai Yang e Yang atrai Yin; Yin repele Yin e Yang repele Yang;
5. Quando potencializados, Yin gera o Yang e Yang gera o Yin;
6. A força de repulsão e atração de todas as coisas é proporcional à diferença entre os seus componentes Yin e Yang;
7. Todos os fenômenos têm por origem a combinação entre Yin e Yang em várias proporções;
8. Os fenômenos são passageiros por causa das constantes oscilações das agregações dos componentes Yin e Yang;
9. Tudo tem polaridade;
10. Não há nada neutro;
11. Grande Yin atrai pequeno Yin; o grande Yang atrai o pequeno Yang;
12. Todas as solidificações físicas são Yin no centro e Yang na periferia.