“Mensagem” convida a todos os brasileiros. Capítulo #10 DE 12

10 – A Sociedade “Dhâranâ”, por meio desta “Mensagem”, convida a todos os brasileiros a iniciarem e a prosseguirem a grande viagem para a realidade dos seus únicos Destinos. Sem princípios filosóficos preconcebidos, onde sejam calcados os seus ensinamentos, ela recebe os raios coloridos de todas as religiões existentes, fazendo-os convergir na lente poderosíssima da VERDADE, para obter a síntese de todas elas ou a LUZ BRANCA pura e alvinitente.

Se o Budhismo fosse de fato uma religião, em toda a plenitude do vocábulo, a Sociedade “Dhâranâ” não hesitaria em perfilá-la, atendendo à pureza dos seus ensinos, à elevação das suas exigências e à fraternidade dos seus costumes, sendo, portanto, um conjunto harmônico de focos luminosos que iluminam os caminhos da morada do Nosso Pai Celestial. É como já vimos, uma “filosofia científica e religiosa”, que nos torna ILUMINADOS…

Para nós (ocidentais), talvez tenha o Budhismo o defeito de não ser “parisiense”, mas deveis ter sempre em mente que a Filosofia do Espírito nasceu nas Índias. Sim, é um país de contrastes: teve um Budha, mas gerou, também, um Charvack. Ali existem abundâncias e esterilidades, riquezas de Rajahs e misérias de párias, há luzeiros que deslumbram e trevas que cegam. É o país dos iogues, mas também o é dos faquires…

Ora, são os nossos próprios Mestres do Oriente quem nos adverte da diferença de seus homens. O Iogue é o homem espiritual iluminado que não exibe os seus poderes. O faquir é aquele que ostenta a sua potência psíquica e não demonstra uma genuína espiritualidade.

E para desenvolver esta espiritualidade, é imprescindível um combate metódico, mas enérgico, às nossas paixões, aos nossos vícios, à nossa ignorância, aos nossos impuros desejos. E o principal trabalho consiste, portanto, em moderar todas estas tendências, enfraquecendo as suas raízes, sem as destruir totalmente, pois os desejos assemelham-se às brasas, que se extinguimos repentinamente, ficam adormecidas sob as cinzas à espera de um sopro mais áspero da brisa que as faça recrudescer impetuosas e céleres.

A existência humana é uma sucessão de hábitos. Conserva-los melhorando até extirpar completamente os maus e aprimorar radicalmente os bons, é a árdua e gloriosa tarefa que nos foi imposta e que será levada a efeito no laboratório alquímico do nosso pensamento. Depende da habilidade e do jeito maneiroso dos operadores o bom êxito da temerária transformação.

Esta é, pois, a Mensagem de Paz, de Luz e de Progresso, que “Dhâranâ” lança ao Povo Brasileiro. Mensagem que enviamos aos praticantes de todas as seitas, aos filiados de todas as Igrejas e aos que, finalmente, não tenham nem igreja, nem religião.

Os pais de família examinem o sentido destas palavras e, com rigor, julguem da sua oportunidade. Que os nossos jovens patrícios de ambos os sexos, reformadores do conceito calamitoso que pesava sobre a nossa raça, como sendo de doentes, incapazes e macaqueadores, o sejam também desta calúnia mais pesada, que nos faz passar aos olhos do mundo inteiro, como sendo um povo sem mentalidade, sem cultura e sem ideais, para chegar ao nível das raças que se impuseram à veneração dos pósteros, pela luta, pelo trabalho e pelo esforço!

III

Amor por princípio.

A Ordem por base.

O Progresso por fim.

“CATH. POSITIVISTA”

“Não há Progresso Espiritual sem modificação de gostos, sem purificação de costumes”.

(BRÁULIO PREGO)

Em breve próximo capítulo.

Série de 12 capítulos pertencentes ao artigo “Mensagem de Dhâranâ ao povo brasileiro”, escrito pelo Professor Henrique José de Souza, em 1925, na revista Dhâranâ n° 0.

 São palavras de uma riqueza imensurável, trazendo luz e esperança para os dias de hoje.

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