EGRÉGORA DA PAZ

Mais do que nunca se Faz Necessário Fortalecer a “Egrégora da Paz”

Por Fernando Leça

O mundo passa por um momento de muitos riscos, a partir da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, ampliados agora com o confronto entre o Hamas e Israel, para o qual não é possível ainda prever as consequências e desdobramentos. Encontramo-nos em os piores dias de conflitos internacionais desde a Segunda Guerra, segundo especialistas.

O grande temor em relação a uma prolongada disputa entre Rússia e Ucrânia, sem que se chegue a um acordo de paz, é o retorno a uma situação similar à da antiga Guerra Fria, agravada com a possibilidade de apoio efetivo da China no conflito.

Da mesma forma, porém com consequências imediatas imprevisíveis, o ataque terrorista do Hamas, pode, em função da reação de Israel, levar a um conflito generalizado no Oriente Médio, principalmente se a retaliação imposta por Israel ultrapassar os membros do Hamas e levar à morte um número significativo de civis palestinos.

Muito se poderia falar sobre a história desta intrincada e complexa relação. De um lado a Autoridade Palestina, que representa uma população ainda sem um Estado estabelecido e reconhecido. Do outro o Estado de Israel, criado há algumas décadas, logo após o final da Segunda Guerra. Porém, em síntese, ambos os povos, judeus e palestinos, merecem seu espaço, seu território e o reconhecimento de seu Estado.

Desde 1948, com a criação do Estado de Israel, vimos guerras, confrontos, ataques terroristas, mortes, porém avanços também aconteceram. Talvez o mais importante deles foi a assinatura do Acordo de Paz de Oslo, na Casa Branca, EUA, em 13 de setembro de 1993, por Yitzhak Rabin – Premier Israelense, Bill Clinton – Presidente dos Estados Unidos e Yasser Arafat – Presidente da Organização para a Libertação da Palestina. O Acordo foi ampliado em 1995, conhecido como Oslo 2, pelos mesmos estadistas, em 28 de setembro desse ano. Auspiciosa efeméride, não é?

Os principais avanços previstos seriam a retirada das forças armadas israelenses da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, e o reconhecimento mútuo dos Estados de Israel e Palestina, a partir da criação do segundo. Ambos não se tornaram realidade. A Autoridade Palestina passou a ser vista com desconfiança, tanto por questões relacionadas à corrupção, quanto pela percepção de ser conivente com Israel no avanço dos colonos judeus em território palestino.

Esse desgaste permite que se cultive o ódio, e as narrativas fanáticas passam a ter campo fértil. O Hamas alterou de forma selvagem o status quo, talvez para evitar o acordo entre Israel e a Arábia Saudita, mas que gera e realimenta o ódio em proporção às mortes de civis palestinos.

Há dois caminhos, e agora trago o título deste artigo. Podemos pensar na melhora e na piora do confronto. Em artigo de um jornalista nova-iorquino de origem judaica, vemos a narrativa de que o desgaste do conflito, o sofrimento e a comoção seriam ingredientes para um retorno a melhores relações. Como já ocorreu após o ataque árabe de 1973 e as intifadas palestinas. Por outro lado a adesão ao conflito de outros países do Oriente Médio.

Prefiro praticar o título ao pensar que após o pior possamos melhorar, aproximarmo-nos de um pacto pela paz. Colaborar psicomentalmente para a consciência do convívio, da tolerância e do bem comum.

Quiçá, nós, fortalecedores de egrégoras, consigamos contribuir para a paz, sem ficarmos presos a um dos lados.

Nossos textos representam, exclusivamente, as ideias e opiniões dos idealizadores da Poliética.

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