A Eubiose na Música – Parte I : As duas espécies de música

Maestro Walter Smetak

É necessário distinguir duas espécies de músicas, uma que destrói e outra queconstrói; aquela, que leva aos sonhos do astral Inferior, das formas anfíbias do fundo do mar da Atlântida, por assim dizer, uma música de caráter formal, da espécie das emoções sensuais, sons que causam muitas vezes o saxofone, junto com o pistão, na música do “jazz”, a qual atinge o quaternário do umbigo para baixo, ou melhor dito, aqueles centros de força de Kundalini, que não encontraram seu circuito no Fohat celeste da mente.

Pertence esta música mais à qualidade dos ruídos ou da contemplação demoníaco-anímica, sem tônica vitalizante das paixões, em todas as formas, que provêem do reino animal, por parte animal, vegetal ou homino-animal de evoluções pré-atlântIdas.

Inclui este gênero toda a música de diversão, dançante, de guerra, etc., para fazer dormir e despertar sentimentos outros desse gênero.

A literatura musical deste gênero predomina hoje entre as massas do povo, sendo riquíssima sua quantidade, servindo de ilustração para todas as atividades da vidacomercial comum. Trata-se, aqui, da música anti-eubiótica, que deve desaparecer, tendo ela, talvez, o único valor preparatório para aquele grau que é conhecido como música – as canções folclóricas.

Mostra, como dizia Confúcio, a medida de um povo. A música folclórica típica baseia-se em lendas antigas, que ressuscitam em lindas canções do caráter dos trovadores e menestréis, tão comuns na Idade Média, canções dos viajantes, reconhecidos como astros errantes, tendo pendurado do lado esquerdo um violão, figuras que nos levam a identificar o símbolo do som e do infinito.

1o e 11o Arcano Maiores, ou seja, a unidade da qual emana a música, em sua diversidade.A outra música, é a clássica dos grandes autores, ou, pelo menos, a chamadavulgarmente clássica.

O autor único é sempre o Logos do 2o Trono, o Cristo Universal. Serviu, assim, a música popular e folclórica de julgamento para um povo integral.

A música clássica requer grande palco, orquestras sinfônicas, cantores, requisitos cênicos, iluminação, etc. Ela nos conduz a representações cósmicas.

Como todas as composições, representam um aspecto da Luz Astral de uma época, ou de Mente abstrata que se faz entender como voz do Logos dentro da mente concreta de um Gênio ou Jina, que vive sempre em todas as idades dentro do deserto humano, reconhecido, desconhecido, ou conhecido, tanto faz, o Gênio ou Jina cumpre, assim, a sua missão, apelando para o Juiz – Lei dos respectivos Tronos.

Toda obra causa um certo impulso evolucional.

A crítica é feita pelo próprio público, pelo autor e pelo próprio Logos. A apreensão ou não da música pelo público revela o seu grau de evolução.

Em qualquer caso, tanto o autor, como o Logos julgam-na como eficiente no momento, ou de efeitos remotos, ela sempre, porém, servindo de móvel para a evolução.

Somos obrigados a aceitar sempre os mesmos elementos, modulando-os eternamente nos ciclos que se desenrolam desde a Atlântida. Esses elementos é que deram origem à soma DE APRESENTAÇOES PÚBLICAS NAS ARTES, NOS PALCOS TEATRAIS E NO MUNDO MESMO DE TODAS AS ATIVIDADES HUMANAS, MUSICAIS OU NÃO MUSICAIS.

São fielmente representadas as mesmas dores, tragédias, crucificações, angústias, alegrias, tristezas e palhaçadas, originando-se de um desequilíbrio e naufrágio de povos que ficaram humanos.

É multo lógico, numa época de Satya Yuga, não poder haver esta rápida mudançado termômetro humano, e não há nada de dramático que se deseja transmitir.

A contemplação é uma só, por causa própria, correndo como um rio sagrado e eterno dentro da juventude e da velhice, que se reúnem em uma Idade: Eterno Presente. Existe unicamente a música das vibrações sutis e também físicas dentro dos hábitos sacerdotais dos Templos.

Mas aquilo não é mais música profana; não há mais nada profano, é só conhecimento puro, branco, não derivado, ou seja, isso que nós conhecemos novamente em cada ciclo como palavra salda da boca de Devavani, o Anjo da Palavra.

Redução é tanto como fazer vibrar a quinta essência.

Um concerto sinfônico acaba, uma estrela apaga se, a luz ainda vem vindo, existe como fotografia saindo do Akasha e permanecendo por idades na luz astral e no éter luminoso ou auditivo.

Exemplo estupendo, como logaritmo, mostrando bem certo quanto tempo o homem necessita para receber através das diversas hierarquias as mensagens celestes, percebendo-as no fim da escala das vibrações auditivas, necessitando novamente transpor em linguagem humana a causa cósmica em Arte: Música, Lirismo, Pintura, Escultura e Arquitetura.

Sendo assim, provada a função da música eubiótica, ela é novamente separada em duas partes: as vibrações da Satya Yuga e a música artificial, seja para, glorificação do artista humano ou da Divindade em ausência visual, criada da vibração unitária do Logos como escala setenária diversa, ouvida com seqüência sem ou com quintessência, que seria sua oitava.

Conduz a este mistério, que foi chamado a “Voz do Silêncio”, como excelsa vibração do som inaudível ouvido na garganta, lugar de separação de morte e vida ou vida e morte.

Para o verdadeiro eubióta só tem valor como meio, e não como conclusão e sublime verdade, sendo ela apenas um condutor para maior mistério. Meio para alcançar, meio como Maia, e grande passo de Om para Tat dali para SAT, SATOM, tornando o valor de Tat equivalente à quarta He do lod-HE-Vau-he formando a base fundamental de um novo ciclo, síntese deste e perfeito equilíbrio de todos os acontecimentos provindos ainda da Atlântida – TAT LÂNDIA ou seja hoje o novo sistema geográfico predominando como SAT LÂNDIA.

Continua…

Publicado originalmente em Dhâranâ nº 07/08

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