Liberdade – Capítulo #04 DE 10

SÉRIE Mensagem de DHÂRANÂ ao povo brasileiro.  Série de 10 capítulos pertencentes ao artigo “Mensagem de Dhâranâ ao povo brasileiro”, escrito pelo Professor Henrique José de Souza, em 1925.

Liberdade – Capítulo #04 DE 10

Iludem-se redondamente todos os homens que supõem usar a sua liberdade, fazendo tudo o que devem. Nem de outra fonte surgiu a ideia do Direito. Desde que realizando um ato volitivo, atropelamos ou diminuímos a liberdade de alguém, criamos para este alguém o direito de reação. Este atentado à liberdade alheia e a consequente defesa desta pelos vitimados, generalizando-se do indivíduo ao povo, e do povo às nações, geraram as guerras e as revoluções, esta febre de sangue e de extermínio que reduziu o homem à mais baixa condição da série animal, comprometendo seriamente a sua reputação de homo sapiens.

Mas não é tudo ainda. Empanando a transparência luminosa da sua inteligência, emprega, o homem, todos os esforços para corrigir e adaptar, segundo as fantasias do seu mórbido raciocínio, as leis e os ditames da Natureza. Assim, por exemplo, não lhe bastando a já difícil e dispendiosíssima civilização, inventa ele, diariamente, os mais complexos e disparatados costumes sociais, inverte o dia pela noite, alimenta-se consultando o seu extravagante e embotado paladar, usa e abusa dos alcoólicos e narcóticos, impõe-se à exibição de uma indumentária esquisita e torturante, em desacordo sempre com as condições higiênicas e do clima do seu país, seja por excesso, seja por deficiência; em suma, regula a sua vida pública e privada, pelos manuais da “moda e do bom tom”, vindos “de carregação” pelo primeiro vapor dum país estrangeiro qualquer…

E se quiséssemos prosseguir, citando, o que diríamos da mulher brasileira exposta ao perigo contagioso desta tão apregoada civilização? O que diríamos da sua boa-fé, sempre atraída pelos falsos ouropéis de uma falsa liberdade, que procuram conquistar avidamente, palmo a palmo, à custa, só Deus sabe, de que grandes e vexatórios sacrifícios? Como deveríamos classificar e entender este seu progressivo e cada vez mais acentuado afastamento do “lar” e a sua aproximação vertiginosa do “mundo”, em cujo turbilhão de vícios e paixões masculinas, se deseja precipitar? Com que pesar não falaríamos, agora, do banimento do seio da família brasileira, dos saudosos e agradáveis serões de música melodiosa e calmante, e de danças elegantes e honestas, para dar-se lugar à epidemia bombardeante dos latoeiros e às danças de desarticulação e de bamboleios trotados e colados?

Poderíamos, ainda, nesta Mensagem, falar com linguagem limpa e decente, do famoso carnaval brasileiro? Que poderíamos recapitular de proveitoso e útil ao “povo brasileiro”, destes três dias de indescritível loucura, deste período completo de licenciamento, incompreensivelmente tolerado pelo governo, pelo clero e pelo povo? Seríamos ouvidos imperturbavelmente e com serenidade, por todos os apologistas desta festa de origem pagã, perfilhada carinhosamente pelos países essencialmente católicos? Respondam-nos os senhores chefes de família, responda-nos a mulher brasileira, guarda avançada da honra das suas tradições, anjo tutelar da inocência dos seus filhos e da pureza do seu lar, onde, como num Santuário, não devem ser escritas nem pronunciadas quaisquer palavras, senão pelos que sejam os seus naturais e legítimos sacerdotes!…

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Série de 10 capítulos pertencentes ao artigo “Mensagem de Dhâranâ ao povo brasileiro”, escrito pelo Professor Henrique José de Souza, em 1925, na revista Dhâranâ n° 0.

São palavras de uma riqueza imensurável, trazendo luz e esperança para os dias de hoje.

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